A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA
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- 18 de out. de 2024
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1. A Biblioteca de Alexandria foi um centro de estudos fundado pelos ptolemaicos no fim do séc. III a.C. para melhor preservar os pensamentos de Aristóteles, mentor de Alexandre o Grande. Até à construção da Biblioteca de Alexandria, as bibliotecas do mundo antigo eram ou colecções particulares das leituras de determinado homem ou armazéns governamentais em que se preservavam documentos legais e literários para consulta oficial. A Biblioteca de Alexandria revelou uma nova concepção que superou todas as bibliotecas existentes em âmbito e ambição. Os reis de Pérgamo, no noroeste da Ásia Menor, tentaram competir com Alexandria e construíram a sua própria biblioteca, porém ela jamais atingiu a magnificência da outra. Com o objectivo de impedir que os rivais produzissem manuscritos para a sua biblioteca, os ptolemaicos de Alexandria proibiram a exportação de papiro. Os bibliotecários de Pérgamo responderam com a invenção de um novo material que recebeu o nome da cidade: pergamenon ou pergaminho.
É curioso como a necessidade aguçou o engenho dos inventores de Pérgamo. O que parecia um desastre tornou-se na verdade uma oportunidade de negócio e transformou o mundo. Faz lembrar o lembrete de José aos seus irmãos também em terras Egípcias: “Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande”. (Gén. 50: 20). Deus tem uma habilidade impressionante de transformar o mal em bem. E tem sempre um propósito bem claro: a preservação do Seu Povo. Nisto o homem só imita o Criador, pois carrega a Sua imagem e semelhança.
2. É interessante notar que há escassas descrições da Biblioteca de Alexandria. Ao longo das suas paredes haveria inúmeras bibliothekai, termo que originalmente designava não o aposento em si, mas as prateleiras ou nichos para os rolos. Acima das prateleiras havia uma inscrição: “Lugar de cura da alma”. Do outro lado das paredes das bibliothekai havia algumas salas, provavelmente usadas pelos estudiosos como local de estudo. Havia também uma sala de refeições. O mouseion ficava no districto real, à beira-mar, e oferecia casa e comida aos estudiosos convidados à corte ptolemaica - segundo alguns historiadores. E nada mais se conhece. O frustrante é não se saber exactamente como era a Biblioteca de Alexandria. Na verdade, com uma certa húbris, cada um dos seus cronistas achava que descrevê-la era coisa supérflua. Ora, a destruição da Biblioteca de Alexandria é tema que divide os historiadores. Certo é que foi destruída (ou em 48 a.C. ou em 342 d.C. ou em 642 d.C.). Ou seja, a húbris que envolvia a grande biblioteca tornou-se uma nemesis. O orgulho e a arrogância, redundaram numa queda estrondosa. mais uma vez o aviso das Escrituras soa alto e bom som; “todo aquele que se exaltar será humlhilado” (Mat. 23:12)



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